sexta-feira, agosto 25, 2006

Visão de futuro: excelente ferramenta para driblar os obstáculos



Fernando Gomiero

Administrador júnior, coordenador de planejamento e qualidade do Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios de Bauru e pós-graduando em Gestão Estratégica de Negócios pela UNESP-FEB BAURU.

Atual momento de globalização, com a formação de blocos econômicos e uma maior abertura da economia mundial, não deixa alternativa para a empresa que deseja se manter viva no mercado, senão a de investir na formação de grandes líderes e na conquista de grandes cabeças do mercado.


Com um bom grau de intuição e feeling suficientes para vislumbrar as tendências do mercado e da sua própria organização, esses profissionais serão os grandes responsáveis pelo mapeamento de todos os fatores relacionados com as necessidades futuras da empresa. Por exemplo: seu setor de atuação, as vedetes do mercado, os investimentos necessários e outros, que, se trabalhados adequadamente, colocarão a empresa em condições de encarar tudo o que vem pela frente.


Evidente que sozinhos esses verdadeiros visionários do mercado não conseguirão atingir qualquer objetivo. Eles necessitam, portanto, contar com o apoio dos líderes e colaboradores, para, em conjunto, elaborarem as estratégias que levarão ao sucesso do empreendimento, sempre, é claro, almejando o topo do mercado.


E o que fará este conjunto de pessoas em prol do empreendimento? Em primeiro lugar, com o grupo já fortalecido por um trabalho de conscientização, procura-se obter o consenso das opiniões sobre as seguintes questões:

a) Que tipo de organização devemos nos tornar para conseguir proporcionar a plena satisfação do consumidor?
b) Quais setores deveremos explorar futuramente?
c) Quais tecnologias serão necessárias para oferecer nossos produtos/serviços com melhor qualidade e a um menor custo?
d) Quais serão os custos com a exploração de novos nichos de mercado, com a adoção de novas ferramentas de gestão e qualidade, além da implementação das novas tecnologias necessárias?
e) Pretendemos nos tornar uma referência no mercado para nossos concorrentes?
f) Será possível atingir todas as metas traçadas para os objetivos de longo prazo?
g) Quais serão as necessidades e desejos dos nossos clientes nos próximos dez anos?
h) Nossa política de gestão do conhecimento será suficiente para manter as melhores cabeças e os melhores estrategistas na liderança da empresa?


Essas –além de outras questões pertinentes– deverão estar sempre na pauta das discussões entre líderes e colaboradores, de modo que todos os ajustes requeridos por circunstâncias imprevistas sejam realizados. Sem esses cuidados todo o projeto corre o risco de ir por água abaixo, caso ocorram eventos que interfiram nas tendências do mercado. Qualquer vacilo pode significar um desvio de rota e os conseqüentes prejuízos para os resultados a serem alcançados. Por isso, é fundamental que os colaboradores conheçam seu ambiente de atuação, conhecimento que lhes dará a condição de enxergar de forma clara e precisa como será o mercado, a sua carteira de clientes e os seus parceiros, os fornecedores e os concorrentes.


Entretanto, de nada vai adiantar um trabalho bem feito na elaboração e um rigoroso acompanhamento da execução do projeto e avaliação de seus resultados, se não for dada atenção especial a fatores como os cenários políticos e econômicos, as novas leis editadas no Congresso, negociações bilaterais e as multilaterais que podem resultar na formação de novos blocos econômicos, entre outros elementos que podem influenciar decisivamente na reorientação dos projetos em andamento e que, normalmente, não são tratados com a devida importância pelas empresas.

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